O Teatro emociona, assim como o depoimento de quem se sentiu transformado por ele. É o caso de José Luiz Sampaio da Luz, 68 anos, mecânico industrial aposentado e morador do Guarujá, que assistiu a “Cárcere ou porque as mulheres viram búfalos”, da Companhia de Teatro Heliópolis.
“Eu gostaria de agradecer a Dione por essa peça que você fez, ‘Cárcere’. Essa peça me encantou, eu fiquei encantado. (…) Eu nunca vi igual. Já vi várias peças e, logicamente, tem gente boa, mas vocês se destacaram”, é o início do áudio que chegou à equipe do Festival Mirada.
A obra, escrita pela dramaturga convidada Dione Carlos e desenvolvida pela turma do Teatro de Heliópolis, aborda o tema do encarceramento sob a perspectiva de mães, avós, irmãs, tias, namoradas – em sua maioria, pobres, pretas e periféricas. Evocando sua ancestralidade, este coro de mulheres demonstra sua força e resistência diante de inseguranças emocionais, financeiras e contexto de violência.
“Nunca mais vou esquecer de vocês! Fiquei a noite todinha lembrando do espetáculo. (…) Eu desejo que vocês se destaquem, vocês merecem. Não só aqui no Brasil, mas no mundo”, completa José Luiz. Em outras palavras, que façam sucesso, ecoem e transformem. Que artista não gostaria de receber tal mensagem de reconhecimento? ❤️
(A redação se sente emocionada e agradece por essa experiência compartilhada)