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O que meu corpo nu te conta?

Coletivo Impermanente

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Teatro

Brasil

16 anos

60'

R$30 inteira

R$15 meia entrada

R$10 credencial plena

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Em tempos sombrios e violentos, como sobreviver entre verdades e mentiras? Qual o papel de quem faz arte em um mundo doente? Como suas vidas se transformam diariamente e o que artistas podem ou querem confessar?

Perguntas assim inquietaram o diretor Marcelo Varzea e as mais de três dezenas de pessoas atuantes embarcadas em estabelecer uma transversal criativa nos períodos mais críticos da pandemia, entre 2020 e 2021, culminando em três experimentos on-line em torno do título-eixo “(In)Confessáveis”.

A longa jornada depurou a pesquisa, sedimentou a formação do Coletivo Impermanente e agora desdobra-se em “O que Meu Corpo Nu te Conta?”, autodefinida performance imersiva com narrativas íntimas, primeiro mergulho presencial do grupo – excetuada a abertura de processo no festival Satyrianas, na capital paulista, em dezembro de 2021. A primeira temporada aconteceu em maio passado. “Escolhi reverenciar a oportunidade de encarar o público novamente de forma intimista, apostando que a força do olho no olho transforma totalmente a experiência”, diz Varzea.

Dispostos em um grande tabuleiro, 15 artistas se revezam a cada sessão e revelam histórias autobiográficas ficcionais que gravitam em temas como assédio sexual, machismo, homofobia, etarismo, gordofobia, racismo, pedofilia, infertilidade e compulsão.

O processo de investigação e construção das cenas, a partir do relato pessoal, denota cicatrizes físicas e metafóricas. “A metáfora primária do desnudar-se pulou diante de mim. Aqui cabem, sim, os corpos nus e tudo o que envolve a vulnerabilidade dos artistas e também do público, que faz parte do espetáculo. Cabe aos espectadores algumas decisões das navegações por esses hiperlinks propostos. Nesse encontro de histórias se revela, em cada casa, a micropolítica. O tabuleiro representa parcialmente a sociedade, o macro”, continua o diretor e criador.

Cada atuante alterna a ocupação de um dos 12 espaços cênicos delimitados em cerca de 2 m². O público escolhe qual nicho acompanhar durante as rodadas de quatro minutos, passeando pelo tabuleiro todas as vezes em que o sinal tocar.

Quem são
Marcelo Varzea (1967) é ator e diretor carioca formado pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e radicado em São Paulo desde 1991, com trabalhos em teatro, televisão, cinema e streaming. O solo “Silêncio.doc” (2018) marcou sua estreia na função de dramaturgo, com texto lançado pela Editora Cobogó. O Coletivo Impermanente, por sua vez, foi criado a partir da junção de atores e atrizes que já caminhavam com Varzea nas três versões do trabalho on-line “(In)Confessáveis” (2020-2021).

Ficha técnica
Criação, dramaturgia e direção Marcelo Varzea
Atuação e textos Coletivo Impermanente
Elenco Agmar Beirigo, Ana Bahia, André Torquatto, Bruno Rods, Camila Castro, Conrado Costa, Dani D’eon, Daniel Tonsig, Eduardo Godoy, Ellen Regina, Flavio Pacato, John Seabra, Lana Rhodes, Letícia Alves, Pamella Machado, Renan Rezende, Stephanie Lourenço, Thiene Okumura, Veronica Nobili e Vini Hideki
Direção de movimento Erica Rodrigues
Preparação vocal Lara Córdulla
Iluminação Vini Hideki
Músicas originais Marcelo Varzea e Flávio Pacato
Direção musical Flávio Pacato
Assistência de direção Talita Tilieri
Consultoria teórica Mariela Lamberti
Preparação corporal Veronica Nobili
Design gráfico Bruno Rods
Vídeos e fotos Otto Blodorn e Bruna Massarelli
Assessoria de imprensa Renan Rezende e Katia Calsavara
Produção Coletivo Impermanente Camila Castro
Produção Corpo Rastreado Leo Devitto